Sonho de muitos motociclistas, a Serra do Rio do Rastro é conhecida por suas curvas e natureza exuberante. Não diferente dos outros, também sempre sonhei em um dia poder pilotar por estas curvas. Enfim dia marcado, roteiro pronto, moto preparada, previsão do dia seguinte "chuva", Sábado que antecedia o dia do passeio, a noite estava limpa, continuei firme, aguardando que domingo não chovesse. Acordei próximo as 7:00hs, e chuva de leve, surgiu a dúvida se passeava ou aguardava outro domingo. Saí na rua e vi que para as bandas de Santa Catarina o céu estava aberto, foi um sinal, e decidi, continuar, coloquei as roupas de couro, luvas, me despedi da patroa e pé na estrada.
Saí de Arroio do Sal/RS as 8:00, daqui até em cima da serra, cerca de 200km. Enfim, até a cidade de Torres/RS já na divisa com Santa Catarina o tempo começou a melhorar, e percebi que tinha tomado a decisão certa. A roupa de couro me protegeu da chuva, porém devido ao frio parei em uma tenda a beira da estrada entre Forquilhinha e Criciúma para tomar um café e me alongar um pouco. Já com as forças renovadas e aquecido, segui viagem, agora adentrando a cidade de Criciúma em direção a Siderópolis. Ali o sol já tinha rompido as nuvens e já sentia até calor. Por uma rodovia bem sinuosa porém de asfalto bom, somente tendo o cuidado porque como aquela região é muito produtora de carvão, há em alguns trechos minério no asfalto, tendo assim um pouco mais de cuidado. Já quase chegando na cidade de Treviso, parei para abastecer em um posto de gasolina a beira da estrada. Mais uma vez aproveitei para descer da moto e me alongar um pouco, minutos depois já estava na estrada novamente, agora um pouco mais confiante, porém ansioso de chegar. Mais alguns kilometros chego no trevo de acesso á Lauro Muller, entrei a esquerda e já vi a placa de sentido á Serra do Rio do Rastro, coração véio chegou dar um salto a mais no peito, logo que se passa o distrito (bairro) de Quatá, começa as primeiras curvas e uma leve inclinação na estrada. A estrada de uma forma geral está bem conservada, há um trecho que a noite é iluminada, há também pousadas, restaurantes e tendas, entre o início e até em cima da serra, assim como no mirante, que tem uma estrutura com lancheria, restaurante e banheiros públicos. Já no início das curvas mais acentuadas parei para tirar fotos e contemplar a natureza em volta, logo após parei em um mirante (paradouro), com um monumento aos tropeiros, uma pedra maciça esculpida. Devido ser um dia de domingo havia muitos carros e motos subindo e outros descendo a serra. Logo em seguida cheguei ao cume e me dirigi ao mirante, um lugar amplo, com estacionamento, restaurante, banheiros, loja de confecção e bares. Naquele horário cerca das 11:00 já havia muita gente, entre esses muitos motociclistas.
Estacionei a moto, e fui achar um lugar para comprar uma água, e depois a um banheiro (detalhe R$ 0,50 a entrada), não é um luxo mais dá para o gasto. Do mirante temos uma vista de toda a serra até o mar, o tempo ajudou pois não havia neblina, e fiquei por um longo tempo contemplando o visual. Logo em seguida começou a se aproximar os quatis, um animal típico da mata atlântica.
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Roteiro |
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1ª Parada início da subida |
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Vista a partir do mirante monumento aos tropeiros |
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A motoca |
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Monumento aos tropeiros entalhado em pedra maciça |
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Cascata |
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Vista do Mirante, ao fundo Oceano Atlântico |
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Quatis vindo comer nas mãos dos turistas |
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Família de Quatis |
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E aumentando |
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São muitos dóceis |
Já passado do meio dia, me despedi do lugar, com a promessa de um dia voltar lá novamente, comecei a descer a serra e pude notar a grande eficiência dos novos freios combinados da moto. Logo em seguida passei no mirante para tirar mais uma foto e decidi parar logo em seguida para almoçar. A descida foi rápida e cheguei no restaurante e pousada bugio da serra, um lugar com uma linda vista e comida boa. Descansei um pouco e comecei o retorno pra casa. Optei pelo mesmo caminho para voltar pra casa, pois não queria me demorar muito pois pensava que iria pegar os últimos 30 km com chuva, coisa que não aconteceu, pois o tempo já estava bom. Mais uma parada agora já na BR 101 para tomar uma água, e logo estaria acelerando em busca do rancho. Enfim cheguei em casa próximo as 16:00 horas, Mesmo sendo um passeio de um dia, porém o lugar realmente é espetacular, com certeza quero voltar em outra ocasião.